Os produtos orgânicos tem perceptivelmente ocupado mais espaço nas vitrines e gôndolas pelos mercados Brasil afora, e os hábitos em relação à uma alimentação livre de agrotóxicos (ou defensivos agrícolas) e aditivos químicos tem feito parte da rotina de muitos consumidores.
Com o mercado de vinhos não foi diferente: há cada vez mais produtos deste nicho sendo ofertados, assim como métodos aprimorados de produção e conservação.
Histórico do Cultivo
Estudiosos defendem que os primeiros registros de produtos químicos sendo utilizados para eliminar a proliferação de pragas ou mitigação de doenças remontam o início do século XX, após terem sido usados como armamento químico na Primeira Guerra Mundial, e mais amplamente na Segunda Guerra.
Com uma Europa devastada pelo conflito, as plantações careciam de defesas mais eficazes contras as pragas que se alastravam pelas lavouras, caso contrário, não haveria produção suficiente para suprir a demanda da época. O cultivo de videiras também foi afetado pela tendência ao longos dos anos, consequentemente afetando a produção de vinhos.
O que é considerado um vinho orgânico?
Assim como outros produtos orgânicos, a denominação “vinho orgânico” é atribuída à produtos com processo de fabricação 100% natural, ou seja, sem a utilização de qualquer aditivo, fertilizantes, pesticidas ou adubos químicos.
As primeiras técnicas que possibilitaram a produção de vinhos resultantes de uvas orgânicas vêm dos Estados Unidos, tendo seus primeiros vinhedos 100% orgânicos cultivados no estado da Califórnia. Estima-se que pouco mais de 5% da produção de vinhos a nível mundial seja orgânica.
Podem ser considerados exemplos de práticas amigáveis ao meio ambiente a rotação de lavouras (método de plantio que torna o uso do solo mais sustentável), o uso dos adubos naturais (ou verdes), e até mesmo outras integrações vegetais ao plantio de forma que os nutrientes da terra são renovados periódicamente.
Selo orgânico no Brasil
No Brasil, um produto é aferido como orgânico através de organizações certificadoras credenciadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pelo Inmetro. Essa certificação atesta que determinado produto ou serviço obedece às normas estabelecidas como produção orgânica.
Há diferenças entre o orgânico e não-orgânico?
Visualmente, percebe-se que alguns vinhos orgânicos são mais espessos, aparentemente mais densos, o que torna muitas vezes a cor da bebida mais escura. Entretanto, existem produtos que possuem diferenças pouco perceptíveis com os produtos não-orgânicos, tornando essa delimitação visual pouco precisa.
A Ville du Vin trabalha com produtos orgânicos em seu portfólio, alguns produtos avulsos de vinícolas renomadas e até linhas inteiras baseadas nas boas práticas de cultivo orgânico e respeito ao meio ambiente.
Chianti Sorelli Orgânico – Sorelli
Linha Rosa Blanca Orgânico – Luis Felipe Edwards